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Screen

Este espaço torna-se demasiado pequeno para mim.

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Meia noite nós dois.

As tuas sequências não têm fim só quando respiramos os instantes que decides ficar. Esse é o meu grau de espera. Meço-te na intenção que me traz todos os nossos ontens.
Empresta-me a minha pureza, não a tomes só como tua.
Estamos entre as respostas e as interrogações, seguros numa estratégia de desejo.
Vendo-me. Enquanto fico entre lençóis esperando que a chuva venha.

(título retirado da capa de um livro. não me recordo o autor)

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- Ora bem, uma vez que temos a certeza de morrer, porque não tratamos de viver? Assim vos possa eu ver felizes; vamos mas é lançar-nos ao banho, à minha responsabilidade, pois não lhes irá fazer mal. Está a queimar que nem um forno.
- Boa, boa; nada me agrada mais do que de um dia fazer dois!

Petrónio, Satyricon

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PETIÇÃO EM FAVOR DAS LÍNGUAS CLÁSSICAS EM PORTUGAL

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Sei que me perdoarás

Queria deixar a letra deste delicioso tango que não me sai da cabeça hoje, ouçam-no, mandem um mail.

Adriana Varela :: Vuelve el tango :: Toda mi vida

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Apanhar imagens.

Tinham combinado, se o sexo fosse mau não se tornariam a ver. apostaram. Ele detestou. Ela repetia junto dos seus olhos fechados entre sorrisos. mais. Ficou à espera. Cega. Nunca mais se tocaram.

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sem título

Um lago de lágrimas doces que derramo durante noites quentes.
ondas pequenas que se ouvem aqui. Estou aqui.






Se. as nossas mãos pudessem ler o que vemos.







Se. os cabelos caídos por ombros só deixassem que o vento os cheirasse. Mesmo o corpo ausente, o que te pede?
Se. os meus lábios pudessem dizer quem beijaram sem reconhecer o rosto.





És mais do que eu posso explicar. Desta vez não te vou encobrir.
Se. foge. Só.

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(a emissão segue dentro de dias. tenho sono. aqui vou dormir)

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(não se pensa)

Nem todos os posts são para pensar, o que acontece com este.

Para breve vou marcar o meu corpo na areia, mesmo à beirinha da água salgada, onde as crianças controem os seus sonhos. Eu sigo-lhes o exemplo, sempre gostei de me deitar à beira do mar. Saudades. de me tocar e mergulhar, de deixar as ondas rebentar, de me marcarem a pele branca (até a força das ondas me deixa o corpo vermelho). Saudades do Algarve em Outubro, da força das marés vivas, de me entregar nua. Saudades de percorrer praias na nossa costa alentejana, do Julho e do Agosto. Eu vivo para isto no Verão, não para as paixões que nunca tive nesse tempo, as minhas pertencem à Primavera.

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[ 9 ]

Quero. esquartejar o meu corpo. esvaziá-lo da massa.
Levamos a pele de muitos seres cruzadas no nosso corpo.
Interessa-me isso.
Acordei assim. ups. morri.

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(pausa no admirável)

"É tudo sexo e nada mais do que sexo, ou será que os sentimentos também fazem parte da equação?"

Paul Auster, As loucuras de Brooklyn

Decidi gostar deste livro, o primeiro e talvez o último do senhor. Acontece iniciá-los e largá-los há segunda investida. Houve uma terceira em que deixou de custar. Palavras escorridas (até parece que é fácil) mas previsíveis.

"(...) Mostra-te tão flexível como um bom pugilista: aprende a aparar os golpes da vida. De cabeça erguida sempre. Não te deixes cair em falsos esquemas. (...) Dá os teus passeios de bicicleta no parque. Sonha com o meu corpo perfeito, resplandecente. Toma as tuas vitaminas. Bebe oito copos de água por dia. (...) Vê montes de filmes. Não trabalhes demasiado. Passa uns dias em Paris comigo. (...) Lava os dentes depois de todas as refeições. Não atravesses a rua com o sinal vermelho. Defende os pequenos deste mundo. Luta pelos teus direitos. Lembra-te de toda a tua beleza. Lembra-te de que te amo muito, muito. Bebe um scotch com gelo todos os dias. Inspira e expira profundamente. Mantém os olhos bem abertos. Foge das comidas gordurentas. Dorme o sono dos justos. Lembra-te de que te amo muito, muito. (...)"

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três, cigarros

Acorda. Aqui pousas o início.










traduz.........................Me o Fim.





Aqui pensa-se..........que se constrói
Dá-me a tua alma. Vamos dormir.


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Matérias abortadas

Ahh se eu pudesse. posso.

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Objecto

Com que se mata a dor? A forma como se olha a culpa tem olhos de curiosidade. É apenas mais uma personagem, interessa-lhe os pensamentos suicidas, mas nada disto é novo. Foram lançados os dados. colados nas paredes brancas ficaram seis pontos. O tempo continua a contar. Serei eu assim tão transparente? Através da pele observam-se as veias. o que não se assiste.

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Da pele que não me desfaz.

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o desgosto da massa que o preenche.

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Custa-me vesti-lo.

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Estou enxuta. o corpo arrefece.

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Pâle Septembre#Camille

Pâle septembre, comme il est loin, le temps du ciel sans cendres il serait temps de s'entendre sur le nombre de jours qui jonchent le sol d'octobr + Mâle si tendre au debut de novembre devint sourd aux avances de l'amour mais quel mal me prit de m'éprendre de lui? + Sale décembre comme il est lourd le ciel sais-tu que les statues de sel ont cessé de t'attendre? + Pâle septembre + Entends-tu le glas que je sonne? + Je t'aime toujours d'amour je sème l'amour + Les saisons passent mais de grâce faisons semblant qu'elles nous ressemblent + Mais qui est cet homme qui tombe de la tour? + Mais qui est cet homme qui tombe des cieux? + Mais qui est cet homme qui tombe amoureux? + Pâle septembre, comme il est loin, le temps du ciel sans cendres il serait temps de s'entendre.

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A minha direcção

Numa fracção de marcas brancas num objecto sem camadas. Sai à rua e caminha, sente a relva, o mar não lhe entrou no pensamento. Alucinada deixa a percepção do mundo e segue a erva. Cidade. Emblemas de grandeza. Traços de caveiras, entre vivos sobrecarregados. Só parou num corpo igual ao seu, que seguia num outro sentido sem intensidade. Não te levo a lado nenhum. Levo-te a mim.

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Olhos fehados

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Assise

Minutos perfeitos para as mãos deixarem de insistir,
e os lábios pousarem noutras paragens.

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.censurada.

(post integral, com amigos a dar o sinal de partida e agarrando-me à chegada. largo o que há para fazer e a irresponsabilidade oferece-se quando sabe a verão e o barcelona joga. estou preparada para o mundial, seja lá isso o que for, e grito com os pulmões acesos - por causa do tabaco - nada de cervejas e tremoços, quero 'pernas daquelas', e 'gaja' nervosa pelo futebol. as noites tentam, sim)

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Don't break

Ela sempre foi uma criança. Nunca teve dificuldade em esquecer-se dos requintes de malvadez.

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Sea and [...]

Dias inúteis. bahhh

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[ 8 ]

Desinteressa-me a tua história. O espaço que deixa de ocupar.
Sem querer repito-a mais uma vez.

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Laboratório

Na loja onde ninguém entrava ela encontrava as estranhas páginas que já tinha tido. as que ele lia agora. Colocava-se nas últimas filas das prateleiras e ordenava quem entrava que não a levasse. Não estou doente nem morta dizia, conseguem-me ouvir... Mesmo sem que os vossos ouvidos toquem os meus lábios. Tu não choras? O sofrimento depressa se esquece. Era assim, o seu pequeno corpo que transportava um coração que se soltava quando deixava de ser doce. Provocava sabores aos narizes intrometidos, cheiros que não a voltavam a tocar. mostrando. Agora dá-me um beijo e esquece. Assim seguiam os seus caminhos.

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Não basta

"(...)
Procurem a mulher o homem que num bar
de hotel se encontraram numa tarde de chuva
Se tanto for preciso estabeleçam barricadas
senhas salvo-condutos horas de recolher
censura prévia à Imprensa tribunais de excepção
Para bem da cidade do país da cultura
é preciso encontrar o casal fugitivo
que inventou o amor com carácter de urgência
(...)" Daniel Filipe, a invenção do amor

amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor amor. Amor. Chega.
Para quê?
Porquê?

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[ 7 ]

Devia ter chegado e entregar-me a escrever. Não quero. Deixo-vos uma música que está dentro de mim, ouçam-me.

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Eternuridade.

Em tudo e por tudo, que o tempo é curto, o que já te disse em silêncio.

(reencontrei-me com esta palavra hoje, obrigada da.)

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"E ombros, sabores a meio do sono." [f]

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O espaço dos teus olhos é líquido

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Esta letra tem dono. Une-as

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Lembra-te. Ela não te pertence

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E se ela, deixar de te amar?

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[ 6 ]

Questionava.
Porque chegava todos os dias ao mesmo sítio.
Cansava-se de viver. Mas amava mais o cansaço do que a morte.
Tornou-se louco. O amor da vida e da morte, deixou-os escapar.

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Venho aqui para vos dizer porque não faço teatro.

"A vida só é grande e gloriosa para aqueles que vivem como eu vivo. (...) A paixão é mais forte que a vontade e é da paixão que nasce o pior mal dos homens."

Medeia, Eurípides (esta semana.Teatro D. Maria II)

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Pulchrissima (...)

Das papoilas quero o vermelho.
Quando chegar ao espaço das núvens e deixar escapar o mar, sei que terei a flor comigo. Firme entre as minhas pernas.
Não te deixarei dançar marcado nas folhas brancas à espreita de uma história. Deixo os teus traços no mistério que te compromete.

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Marcas nos segredos

Mais de dez linhas de texto gravadas em lado nenhum, dois dias com horas transformadas em nada. Com o tempo a correr e o sol a teimar em fugir. Ela não largou o fascínio e adormece cercada pelas saudades.

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[ 5 ]

" Esse de quem não dizemos o nome, é um perito em fugas! Tenho a impressão que ele pertence a um gang qualquer, ou uma quadrilha onde ele é o pépe rápido dos assaltos! "

Palavras da ManaRac. (oferece-se voz a quem já está rouco)

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Extremidade

Mais a vida por entre bandeiras de sons. Barreiras digo. Menos a morte pela qual combates. Ferve os sabores que guardas porque não vivem sempre. Eu aguardo sentada nesta cadeira que chegues e perguntes. Faz com que elas transponham seguidas, sem cortes profundos da tua boca por entre segmentos vermelhos. O vermelho era o quê? Agora serve-nos como não existências ou apenas i.n.existências. Será como te digo?

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[ 4 ]

Os meus atrasos são genéticos.
( esta informação deveria constar no novo modelo de identificação )

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[ parêntesis ao quadrado ]

Decreto 73/73
Primeira iniciativa legislativa de cidadãos discutida a 18 Maio
" A Assembleia da República vai discutir e votar, a 18 de Maio, a Iniciativa Legislativa de Cidadãos «Arquitectura: Um direito dos cidadãos, um acto próprio dos arquitectos», que pretende revogar parcialmente o Decreto 73/73.
O projecto de lei que visa a revogação parcial do Decreto 73/73 pretende que a elaboração, subscrição e apreciação de projectos de arquitectura sejam da exclusiva responsabilidade dos arquitectos que se encontram inscritos na respectiva ordem profissional.
Actualmente, engenheiros civis, técnicos de engenharia e de minas, construtores civis diplomados e outros técnicos de engenharia podem subscrever projectos de arquitectura. A Inciativa Legislativa de Cidadãos pretende «devolver e reservar aos arquitectos as competências cujo exercício só a sua especial qualificação justifica e exige».
(...) No final dos anos 60 do século XX havia 500 arquitectos inscritos. Hoje há mais de 13 mil, relembram os subscritores, e 27 cursos universitários. Há, por outro lado, uma sensibilidade maior para as questões do território e da arquitectura.
(...) A presidente da Ordem dos Arquitectos, Helena Roseta, sublinhou, por várias vezes, que a revogação do Decreto de 1973 porá «termo a uma situação absurda que viola o clima de concorrência leal a que Portugal está vinculado».

E, acrescenta, «aponta-se para a criação de um quadro de regulação profissional que permitirá às Câmaras Municipais, aos cidadãos e à opinião pública saber quem é responsável porquê no seio do processo construtivo, uma das áreas onde reina a falta de transparência, a promiscuidade de interesses e a tentação da corrupção». "

Há batalhas que nos esgotam.

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[ publicidade ]

Ao melhor dos amigos.

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[ 3 ]

Má a História, preguiçosa até para decorar.
Aprendeu com ele o seu passatempo predilecto. Todos os dias decorava apenas mais uma curva do seu corpo. Enquanto ele fixava mais um sinal que preenchia a pele dela.

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[ 2 ]

Há dias em que me sinto magra. É o vazio.






Outros há em que rebento a escala dos tamanhos.






E os que sobram?

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[ 1 ]

Ninguém fala lá fora.
Será da música cá dentro?

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I must forget about us

Escorrer o sangue das lágrimas que correm sem te percorrerem. Segurá-las entre os dedos. Querendo tudo. Ser tudo. Obrigando o mundo deixar o acaso da tua resposta sem certeza.

Tocar o mar caminhando ao teu lado. Incomodar-te novamente enquanto te ris.