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com uma amiga.
- vamos para os copos sim.dançar e beber muito.quase festejar
- ok. como tu não queres nada com homens vamos para uma discogay?
- nada disso!lá porque eu não quero nada com homens...tu tens direito à vida!
(....)
com a mesma amiga, dias depois.
- disse-lhe no fim de semana que estava cansada de gostar dele. responde-me, descansa...
como quem não quer a coisa, o brasileiro questionava-se sobre a justiça, por uns pagam os outros. agora entrou-me em greve de homens, por causa de uma unidade mal amanhada.

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(deixo aqui dentro de curvas, que ainda não enlouqueci)

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tenho o coração cheio. de projectos mortos. mas não são coisas feias.

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texto de derrotada, sem saber o que me derrubou sigo a marcha. quinhentos metros à esquerda, dois mil em frente. há situações que não valem a pena serem relembradas. não entendo o significado de tantas outras coisas. a almirante reis atinge o auge da sua depressão pelas oito e meia da manhã, ou um pouco mais cedo. lá vou eu, para cima e para baixo (ao contrário também). há pessoas que me olham, estranham-me a presença, um café tirado pelo senhor chinês, a senhora que come coisas estranhas os olhos ficam mais rasgados. sorri-me pelo cem e quatro (um euro e quarenta cêntimos). um tomás que acorda e chama pela tia. uma casa desabitada, sem olhos. fico parada na rua sem saber porquê. um brasileiro que pede cigarros. acabei de dar dois a uns russos, pelos outros pago eu, diz-me. que raio de justiça é essa. fica com o cigarro que estou a fumar. estou doente aviso-o, ele continua com uma lenga-lenga. és bonita e mais não sei o quê. isto devia ser tudo ao contrário, eu é que te devia ceder o cigarro, é a lei do cavalheirismo. (puta que pariu o cavalheirismo.já não se usa.o meu tio avô era cavalheiro e, traía a mulher.já não se usa porque já morreu). farto-me dos dias. o bocado mal já deixou de ser bocado. ouço atenta a história da luísa, 35 anos, suicidou-se. a tia ouviu-a morrer do outro lado da linha, sem saber onde ela morria. morreu num sitío onde foi feliz. penso. se um dia quiser morrer, qual é o sitío de devo escolher. procuro os cantos onde fui feliz. a única coisa que faço bem é o meu trabalho. esse e cuidar dos outros. estou tão farta de ambos. se as memórias são reinventadas, porque não posso eu fazer-me de outra. um dia acabo mal, mas a verdade, é que um dia acabamos todos. penso. não cobro nada a ninguém. a ninguém. mas cobram-me a mim. dizia ao pedro que ninguém espera nada de mim, mas a verdade é que me cobram. cobram-me quieta.mas desta vez é de vez.

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como conseguir colocar uma jovem (cof) fora da corrida, escrita vida. primeiro prepare uma bela agulha. dois sacos e duas marquesas.faça como se fosse preparar um bonito bolo, com muito amor e devoção.depois prepare-se para extrair da jovem um litro de sangue. fure-a no braço direito e, diga bem alto... a agulha está na veia, mas não sai sangue absolutamente nenhum... deixe-a espetada pelo menos cinco minutos. de seguida fure-lhe o outro braço. mande-a para casa trabalhar, não fume mas beba muito. deixe passar um dia e espete-a contra o chão com um menino de ano e meio no colo. atire-a mesmo contra o chão, vá lá... não tenha medo de a magoar (já vimos que não sangra) e, sabemos que ela vai fazer tudo para proteger o menino...
leve a co(z)er no hospital mais perto. não se esqueça do recado - tratar com cuidado.
antes de tudo isto, por favor, leva-a a ver sweeney todd. escolha um dos últimos lugares da sala (bem no topo) daqueles que parece que a qualquer momento vai voar até à tela. deixe-a iniciar um ataque de claustrofobia, as mãos bem suadas, o coração bem acelarado e finalmente a falta de ar. espere que ela se habitue à ideia, aquilo=filme=(espécie)de musical= a um bonito vestido de princesa mal cortado e cheio de alinhavos. (mas não fique sentado à espera que lhe contem como correu o resto da noite.dias - recado repetido - tratar com cuidado).

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saiu um discurso menos cuidado do que devia. bom dia e, um tu és mesmo cabra, ao jeito da confusão gerada. há pensamentos formados frases que não se devem dizer. ahahamémé, riso de cabra. estes arquitectos não sabem o que fazem, sabem bem o que querem. vai uma grande distância para o que sabem fazer. depois, há as coisas tristes que eu consigo fazer, tais como, ainda não me ter habituado a conduzir de saltos finos de 7cm ou coisa semelhante. é perigoso, não é? depois há os engenheiros que nos salvam a pele, e outros que... valha-me o menino jesus e o diabo fique bem longe quehojevenhoarmada. (ainda confusos?) a minha deixa favorita passa pelo, não quero isso.não aceito.nãonãonão. sempre a três, que dois caem mal. saem entretanto mais, ou menos, três noites sem dormir. o telemóvel toca, o meu mano maisquetudo liga-me da rua de santa catarina. pergunta-me quem deve informar sobre a queda de uma guarda de ferro de um (dosmuitosmuitos) prédios de sta catarina abandonados. degradados. tudo de pior. mandei-o à polícia. ou então experimentar arranjar uma guarda semelhante e atirá-la à secretária do senhor presidente. espatifou-se no chão nas suas costas (estava cansada, os materias também se suicidam... expliquei-lhe) porque funciona mais ou menos como ficar a vida inteira à espera que uma tal pessoa decida a nossa vida. não é nenhum deus e, diz-me se fingimos amar porque não fingimos não amar? depois dentro do carro há sempre pares de sapatos a saltar. tive uns que foram parar ao lixo (velhos e sem remédio), eram as minhas sabrinas predilectas (da condução diga-se). o curioso é que o exame de condução foi feito de saltos, à mistura pernas a tremer, mas a cara muito séria e convicta do que estava a fazer. na troca de sapatos (ora entra, ora sai) acontece-me de tudo. calçar os sapatos ao contrário, esquecer-me de colocar os de saltos no devido lugar (começar a conduzir e... ups.tenho pedais a mais aqui embaixo...), estar de rabo empinado à porta do carro a trocá-los, e outras coisas. por causa destas tristezas um senhor que vive em frente ao estacionamento já me cumprimenta.ri-se muito (eu ainda não percebi a piada). com tantos edifícios em abandono, os arquiectos à bulha para terem trabalho. trabalho à borla. temos que ser uns para os outros, eu lixo-te a vida e tu lixas-me a mim, isto sempre a falar de outras coisas. faça-me lá o jeitinho se faz favor. enquanto vai indo, mas quando chegar, por favor avise.

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post do tempo da escravatura
existe uma bonita escrava, maria teresa, branca muito branca. ah.sou eu.plim.alguém por favor (mas na verdade é só um único alguém) me salva da sordidez da minha vida? andandaválá. o stress de ser escrava manifesta-se pelos ombros abaixo.

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[ amena podridão ]

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[ encara- me ] quero ouvir-te.encarna- me
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acorda amor.olha.hoje está sol lá fora.a floresta deve estar linda.era tudo um pesadelo.que são essas palavras complicadas?... levanta... deve estar tudo cheio de bagas lá fora (diálogos_d. para a i.)

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auxílio_inventado
conto-te o esforço falso de uma porta aberta na ignorância dos meus desejos, hei-de fantasiar que a fechei

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quero mais força a quebrar o espelho.no espaço inesperado ao fim do feitiço

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o meu blog chega a uma fase de apodrecimento. (mais uns dias cheira mal)

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enterro. ainda a oiço, mas não a vejo há anos.
disse-me que estava cega, prometeu-me levar até à praia mais longe do mundo (talvez fosse num outro planeta). as duas iríamos fazer uma cova na areia. deixávamos para trás um buraco cheio. o mar é teimoso

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a consciência do meu ressentimento

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sensibilidade da ideia
perguntou-me(enquanto)acordava, a saudade de um corpo pode levar-me à loucura?

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