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[ sábado ]
é.uma boa noite para ficarmos.
[ mark kozelek - santiago alquimista ]

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[ o dia ainda só tem catorze -longas- horas e, a mim apetece-me. isso mesmo. ficar enrolada debaixo da secretária, dobrar o belo casaquinho da tintoretto e, dormir descansada ]

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[amanhã ]
vai ser um dia importante. que muda (um pouco, porque não muito - seja honesta menina) a minha vidinha (...) vai tudo correr bem (convence-te que sim)

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[ descontos ]
perna.dedos.cabelos.unhas.pele.até sinais

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beijar [ a nús ]
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[ está por vir divagando sobre o doce mar sustendo o meu coração num saco perpétuo. Imito a felicidade enquanto sei, depois segue um travo de cigarro, uma linha cinzenta que teima - em teias de espíritos ]

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Marca no topo do negro sai mais uma, mensagem esta, para a mesa que espera vazia de cadeiras. há alguém sempre dentro de nós. Caem mais três fios de cabelo - larga - no ar - conta-os. Câmara lenta. o Escuro toma conta do seu destino. há sempre alguém que nos vê. Dentro de nós.
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s e m p r e e m m i m

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.........................cada pétala solta da tua pele nascida de cor. imita as faces
.........................irrita num choro tenso de criança, na véspera de uma miséria tão sólida
.........................que destrói as folhas que caem e se olham
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..........................amúo.translúcida agita as mãos presas pois os poros destinam-nos
..........................vêem-me acalmar o próprio lábio esticado como comportamento no
..........................suave, baloiçar das agulhas.

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[ o amor nunca me abandonou nem eu a ele ]

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perverso sonho feito em insónias.depois as núvens sentem-se nos nossos cabelos - Quero-me.Embora agora. até mudar o tempo troco de identidade desvio-me de sonho em sonho

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s ê e m m i m

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naquele quarto nasce o frio. há a cama a minha segura em atalhos. não há. um tecto o t e c t o .

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um sinal a descolar-se da pele

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eu tenho um sapateiro amigo. mas nem toda a gente tem um sapateiro que nos felicita à entrada com um cartaz, delicioso artesanato, escrito diz, bendita seja a calçada portuguesa. passei por lá e deixei dez doentinhos a precisar de melhores dias. a sua mulher tem um atelier de costura coladinho à oficina onde adormecem os sapatinhos. ainda não a tinha visto, chamo por ela antes de me ir embora, entro na oficina para lhe deixar um bom dia. a minha cara de espanto. dou com a senhora do norte (que anda de alças em pleno inverno) com as calças na mão, as dela. nem me avisa e, insiste em mostrar-me o seu fio dental... (ai eu). numa outra vida hei-de apenas conhecer pessoas normais. bom dia! estou para aqui de cuecas e, não estou tão bem?!! olhe olhe o fio dental (...)

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(cópia: bagaço amarelo. da série dele, 'lista das coisas boas que já me aconteceram hoje')
ao entrar no táxi. então a menina (elogio da harmonia, ser tratada por menina aos quase trinta anos) mata-se por um cigarro e entra aqui e põe o cinto?... tem medo de morrer?... (conversa puxa conversa... dez minutos mais tarde) ele ainda, então a menina é arquitecta. pois. a falar de lajes só podia ser arquitecta ou pedreira!!! (risos)

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