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Som de Sigur










Existe sempre um corpo duro e frágil, entre mim e o mundo. Trago feridas na pele que teimam em exibir-se. Decoro a espuma do meu banho para te contar histórias por cada bolha que se forme, construo castelos invisíveis. O meu calor cola gotas à tua pele, é apenas o suor do meu cansaço. Inspiro pelas frestas que consigo encontrar quando me deixas a janela aberta, são os meus dedos que afastam a água. Tudo em nós não passa de um silêncio que nos enlouquece. tem som. a música parou. uma gota sai disparada, ignora a gravidade, os planos tornam-se horizontais. O céu, à minha frente em tons de fogo. Na minha cabeça a copa das árvores. Na espuma, branca, controlo-te.

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Anonymous Anónimo said...

Ao som de Sigur, tudo se faz belo, tudo roça a perfeição, tudo ganha a forma secreta das coisas feitas "18 seconds before sunrise". Bach, tocava para Deus; Mozart, para os anjos; os Sigur são a banda sonora de um paraíso que podemos tocar.

.eu.

4:59 da tarde  
Blogger francisco carvalho said...

esta linguagem tão própria que sempre me espanta.

11:29 da manhã  
Blogger merdinhas said...

Perdi-me no comentário do anónimo...

11:37 da manhã  
Blogger feniana said...

partilho as palavras do francisco.

as tuas palavras são como tu: uma essência rara!

já te respondi, princesa red on
whi (t)e...

6:35 da tarde  
Blogger merdinhas said...

A Espuma...dos teus dias.

7:57 da tarde  

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