
" Os olhos dela corriam atrevidamente por toda a minha cara, bisbilhotavam cada ruga, cada prega da minha testa; mas ela estava embaraçada com a sua boca demasiado suave, passava desajeitadamente a língua pelos lábios.
- Porque não respondeu às minhas cartas?
- Mas eu respondi.
- Uma vez. Uma frase de quatro linhas.
- Não havia mais nada a dizer.
Ela olhava-me como se tivesse vontade de me bater. "
Simone de Beauvoir, O sangue dos outros.
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