não vou deixar de respirar para te viver - disse-me
perdeu-se na totalidade do intímo, como um relógio. em observação o ar que não aguenta muito tempo. já viu as noites serem tantas noites. sem razão, arruinou quem se atreveu a secar o teu corpo
espera-nos enfim.esqueceste-te do meu contorno nessa parede onde te vais encostar.nú à minha volta onde o meu mundo se soltou como uma manta no chão. onde a minha escolha foi, nunca quis ficar no teu coração no teu lugar dos sonhos que nascem sobre os buracos
sem... imagem
eu já cá passo, era só o que faltava andar aqui tudo a bailar outra vez... hm. andei a tentar reconstruir a caixa de comentários, nada feito.
um dia serei uma fadinha. voarei sete vezes por cima de vocês quatro e deixarei cair pózinhos de amor sobre as vossas cabeças. queria tanto que não vos fizessem mal. que não existissem bichos nem bolor nos vossos corações. só coisas boas. muito açucar
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viro a página. têm tantas páginas os dias. arranca-se para a auto-estrada, na primeira curva o anel prende-se à meia de renda. por causa destas é que elas acontecem, ouço a minha mãe (que detesta as minhas meias e as hum. as hum que não se diz aqui. detesta-as, porque no tempo dela - seja ele qual for - quem as usava já se sabe quem era). com o pedaço de metal preso à perna sigo ao destino. mas elas acontecem por causa da minha esperteza saloia. adoro isto. esperteza saloia. mais uma vez, raios partam os engenheiros, que não inventam betão transparente nem pilares almofadados. como diz a manarac, tenho o que se pode chamar de carro personalizado carregado de design e arabescos.
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raio diabólico que caiu sobre a minha cabeça. no relógio prolongavam-se as quatro da manhã. a opção era tomar partido da dor. a que alucinava a cabeça ou a outra mais aguda que conduzia o meu corpo a um contorcionismo perfeito. de concha os joelhos junto ao queixo e as mãos que esperavam pela força. o desconhecimento da causa é incompreensível. não houve por isso alternativa à mudança. aguentou-se uma e outra. alternando a importância numa espera de agonia contínua enquanto uma voz deitada ao meu lado martelava.um.duas. tu não descansas, tu não comes. dá nisto.
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