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não vou deixar de respirar para te viver - disse-me

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perdeu-se na totalidade do intímo, como um relógio. em observação o ar que não aguenta muito tempo. já viu as noites serem tantas noites. sem razão, arruinou quem se atreveu a secar o teu corpo

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escrevo porque não sei onde te deitei.não há tempo para nos dizermos.onde nos queremos

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espera-nos enfim.esqueceste-te do meu contorno nessa parede onde te vais encostar.nú à minha volta onde o meu mundo se soltou como uma manta no chão. onde a minha escolha foi, nunca quis ficar no teu coração no teu lugar dos sonhos que nascem sobre os buracos

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[agora minhas queridas e meus queridos, vou só ali fazer 30 anos e já volto.sorriso]

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ruídos.de um olho para outro

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ruídos.de um ouvido para outro

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TRATA DE MIM COMO A ÚNICA FLOR QUE INSISTE EM FAZER DA TUA CAMA JARDIM

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usa-me a pele é o que te permito - usa-me sinais. que já foi usado. não acrescentes mais - nem me leves na palma da tua mão.

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sem... imagem
receber-te esta noite em quarto sem bocas feridas pintadas portas. manchei o teu calor numa luz de barulho liquido. a pedir secura. ao momento que a minha língua se move lembro-te.

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antes era assim, viravas-me o teu peito . o meu peito sorria-te . eras melhor quando me ouvias.sei.quando me tiveres vou chorar chuva miudinha

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vez em que te ouvi dizer o meu nome entre as rosas do teu jardim. som que dura o espaço em que me sento para te pensar. saudade . memórias que não construí são o meu maior defeito. ondas nas tuas mãos de fios de cabelos brancos segredos nos teus passos. diz-me o nome outra vez

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para aqui chegar preciso de estar sozinha.

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eu já cá passo, era só o que faltava andar aqui tudo a bailar outra vez... hm. andei a tentar reconstruir a caixa de comentários, nada feito.

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um dia serei uma fadinha. voarei sete vezes por cima de vocês quatro e deixarei cair pózinhos de amor sobre as vossas cabeças. queria tanto que não vos fizessem mal. que não existissem bichos nem bolor nos vossos corações. só coisas boas. muito açucar

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viro a página. têm tantas páginas os dias. arranca-se para a auto-estrada, na primeira curva o anel prende-se à meia de renda. por causa destas é que elas acontecem, ouço a minha mãe (que detesta as minhas meias e as hum. as hum que não se diz aqui. detesta-as, porque no tempo dela - seja ele qual for - quem as usava já se sabe quem era). com o pedaço de metal preso à perna sigo ao destino. mas elas acontecem por causa da minha esperteza saloia. adoro isto. esperteza saloia. mais uma vez, raios partam os engenheiros, que não inventam betão transparente nem pilares almofadados. como diz a manarac, tenho o que se pode chamar de carro personalizado carregado de design e arabescos.

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raio diabólico que caiu sobre a minha cabeça. no relógio prolongavam-se as quatro da manhã. a opção era tomar partido da dor. a que alucinava a cabeça ou a outra mais aguda que conduzia o meu corpo a um contorcionismo perfeito. de concha os joelhos junto ao queixo e as mãos que esperavam pela força. o desconhecimento da causa é incompreensível. não houve por isso alternativa à mudança. aguentou-se uma e outra. alternando a importância numa espera de agonia contínua enquanto uma voz deitada ao meu lado martelava.um.duas. tu não descansas, tu não comes. dá nisto.

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